O aço é uma liga metálica formada essencialmente por ferro e carbono, com percentagens deste último variáveis entre 0,008 e 2,11%. Distingue-se do ferro fundido, que também é uma liga de ferro e carbono, mas com teor de carbono entre 2,11% e 6,67%. A diferença fundamental entre ambos é que o aço, pela sua ductibilidade, é facilmente deformável por forja, laminação e extrusão, enquanto que uma peça em ferro fundido é fabricada pelo processo de fundição
Além dos componentes principais indicados, o aço incorpora outros elementos químicos, alguns prejudiciais, provenientes da sucata, do mineral ou do combustível empregue no processo de fabricação, como o enxofre e o fósforo. Outros são adicionados intencionalmente para melhorar algumas características do aço para aumentar a sua resistência, ductibilidade, dureza ou outras, ou para facilitar algum processo de fabrico, como usinabilidade, é o caso de elementos de liga como o níquel, o cromo, o molibdênio e outros.
No aço comum o teor de impurezas (elementos além do ferro e do carbono) estará sempre abaixo dos 2%. Acima dos 2 até 5% de outros elementos já pode considerado aço de baixa-liga, acima de 5% é considerado de alta-liga. O enxofre e o fósforo são elementos prejudicais ao aço pois acabam por intervir nas suas propriedades físicas, deixando-o quebradiço. Dependendo das exigências cobradas, o controle sobre as impurezas pode ser menos rigoroso ou então podem pedir o uso de um antissulfurante como o magnésio e outros elementos de liga benéficos.
O aço inoxidável é um aço de alta-liga com teores de cromo e de níquel em elevadas doses (que ultrapassam 20%). O aço é atualmente a mais importante liga metálica, sendo empregue de forma intensiva em numerosas aplicações tais como máquinas, ferramentas, em construção, etc. Entretanto, a sua utilização está condicionada a determinadas aplicações devido a vantagens técnicas que oferecem outros materiais como o alumínio no transporte por sua maior leveza e na construção por sua maior resistência a corrosão, o cimento (mesmo combinado com o aço) pela sua maior resistência ao fogo e a cerâmica em aplicações que necessitem de elevadas temperaturas.
Ainda assim, atualmente emprega-se o aço devido a sua nítida superioridade frente às demais ligas considerando-se o seu preço. Já que existem numerosas jazidas de minerais de ferro suficientemente ricas, puras e fáceis de explorar, além da possibilidade de reciclar a sucata. Os procedimentos de fabricação são relativamente simples e econômicos, e são chamados de aciaria.
Os aços podem ser fabricados por processo de aciaria elétrica, onde se utiliza eletrodos e processo de aciaria LD, onde se utiliza sopro de oxigénio no metal líquido por meio de uma lança. Apresentam uma interessante combinação de propriedades mecânicas que podem ser modificadas dentro de uma ampla faixa variando-se os componentes da liga e as suas quantidades, mediante a aplicação de tratamentos. A sua plasticidade permite obter peças de formas geométricas complexas com relativa facilidade.
A experiência acumulada na sua utilização permite realizar previsões de seu comportamento, reduzindo custos de projetos e prazos de colocação no mercado. Tal é a importância industrial deste material que a sua metalurgia recebe a denominação especial de siderurgia, e a sua influência no desenvolvimento humano foi tão importante que uma parte da história da humanidade foi denominada Idade do ferro, que se iniciou em 3.500 a.C., e que, de certa forma, ainda perdura.
Assim, se tornou uma matéria prima indispensável para a produção de eletrodomésticos, veículos, máquinas, equipamentos, produção de energia, na construção civil e na indústria em geral, o aço é um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento brasileiro. Atualmente, 28 usinas estão em funcionamento no país. O setor emprega milhares de pessoas, que atuam diretamente na distribuição e revenda de aços planos, categorias representadas pelos Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos (Sindisider). “A cadeia de distribuição responde por 45% do aço comercializado no país, entregando encomendas de baixa tonelagem e abastecendo com agilidade a indústria automobilística, de máquinas e equipamentos, entre outras”, explica o superintendente Gilson Bertozzo. Outra relevância do setor se deve ao tratamento feito ao aço. “Muitos dos distribuidores também atuam no reprocessamento e na elaboração dos produtos siderúrgicos, fazendo a relaminação ou perfilação do material para ser mais eficientemente utilizado pelas indústrias”, diz Bertozzo. No Brasil o consumo per capta de aço ainda é muito baixo – algo em torno de 150 kg de aço bruto por habitante, em 2011 – se comparado a outros países.
Considerando os números alcançados por outros países, pode-se enxergar claramente todo o potencial que existe no mercado brasileiro. Porém, a utilização deste material não vem crescendo como os demais setores da economia. Em 2011, 26,1 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos foram entregues ao mercado brasileiro, e a expectativa é de que 27,7 milhões de toneladas sejam utilizadas até o final do ano, um crescimento de 6% no consumo aparente nacional. Na construção civil, as estruturas metálicas são utilizadas constantemente, apresentando vários benefícios em relação ao uso do concreto. “Uma obra que utiliza o aço como material principal garante maior liberdade ao projeto arquitetônico, menor prazo de execução e o uso racional da mão-de-obra e de materiais, além de promover alívio de carga nas fundações”, explica Gilson.
A versatilidade desse material permite que ele seja utilizado em várias atividades da vida cotidiana, inclusive na produção de obras de arte. Muitos artistas plásticos criam esculturas em aço, aproveitando a sua maleabilidade, já que a estrutura pode ser transformada facilmente quando exposta a altas e baixas temperaturas. Outra importante característica deste material é a sua capacidade de reutilização. “O aço pode ser reaproveitado integralmente, já que suas propriedades são mantidas durante o processo da reciclagem. O uso da sucata também reduz as despesas das usinas com o minério de ferro e diminui a utilização de recursos naturais, como o carvão”, explica Gilson Bertozzo. O tempo de deterioração do aço é mais curto do que o do alumínio, material que também é largamente reciclado no Brasil e que se decompõe em até 500 anos, enquanto os produtos siderúrgicos levam de 5 a 10 anos para sua total decomposição, sem causar qualquer agressão ao meio ambiente. “O aço é um produto indispensável para a sociedade, com benefícios inegáveis. Mas muito ainda tem que ser feito para aumentar sua utilização no país”, conclui Bertozzo
Retirado do site: http://www.banasqualidade.com.br/2012/portal/conteudo.asp?codigo=16587&secao=Not%C3%ADcias. em 16/04/2015 as 9:18 hs.
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